Conto - Amarelo

Esse mês estou aproveitando muito os dias e seus significados para publicar aqui no blog. Como vocês viram na semana passada com o conto de horror na sexta-feira, 13. kk

Por isso, a vinda da primavera me fez lembrar de um conto/prosa que tem muita a vibe desse novo ciclo da natureza. Que é muito importante para renovar as energias da terra e as nossas, e literalmente, nascer novas perspectivas.

Essa prosa escrevi no meu livro Pássaro Imutável e que marcou demais na época, por me fazer sentir esperanças diante do período em que estávamos: a pandemia. E foi devido a umas simples... bem, vocês vão saber lendo ela. ;)

Por que essa cor transbordava tanto naquelas lindas flores? Pareciam girassóis em um arranjo... não, uma árvore inteira, alta e iluminada. O céu azul mais surreal em uma terça comum pôde renovar as energias que estavam baixas e sem qualquer brilho.

E como foi aquela manhã! Passei quase uma hora tirando fotos. De posições, jeitos e detalhes que só eu via. Lembro da alegria mais genuína que era estar ali, perto do mato vislumbrando aqueles girassóis do cerrado.

Ah, aquela sensação! Tão única, transcendental e espiritual. Um apego e amor tão grande pela natureza que senti ruborizar meu corpo a cada clique que fazia.

E a admirava: “Que coisa mais linda!” Fiquei tomada pela vontade de sonhar de novo, vi as abelhas colhendo o pólen e voando. De planta à planta. E aparecendo em minha lente como pequenos aviõezinhos. Um deleite tão rico e poderoso.

Sei que divaguei demais, mas parecia que a luz que surgia da manhã, naquele dia e momento, renasceu meu apreço. Ao que era existir, ver e presenciar. Cuidar, de tudo aquilo. Ainda mais. E foi certeiro. O vislumbre disse tudo veio na cor que mais admiro: a paleta de luz e alegria.

— 03 de julho de 2021

• O que acharam? Lembrando que o livro tem outros contos e inclusive poesias, que vocês podem ler e conhecer.