Essa foi uma das perguntas que fiz, após entrar numa sala de cinema e não vislumbrar pessoas negras. Nesse dia, eu e minha amiga éramos as únicas mulheres negras no recinto, e fiquei novamente reflexiva sobre a questão. (Ps: Fomos ver o filme “Um Lugar Silencioso: Parte I”)
Como falei anteriormente, num post sobre os espaços de cafeterias e a falta de pessoas negras também (só ler o texto aqui). Outro local de lazer que vejo muito essa questão é o cinema.
Lendo alguns artigos sobre o preço dos ingressos e o mantimento destes locais para ver filmes, realmente o assunto é bem complexo. Devido a forte demanda de streamings, e a deslocação para assistir as grandes produções.
Mas a questão que venho observar é que, ainda assim, faltam incentivos para pessoas não-brancas poderem acessar esse tipo de cultura. Que é sair de casa e ver uma produção artística (internacional ou nacional), e desfrutar dela.
Na minha cidade, Anápolis, o Cine Prime - empresa de cinema do Anashopping - fez exibições esse ano de filmes e curtas locais de forma gratuita, exibindo produções goianas e oferecendo cursos. Foi algo que achei maravilhoso! Além de dar visibilidade para artistas locais e ao público, a chance também de terem acesso fácil. Fora que, essas ações foram possíveis devido à Lei Paulo Gustavo, de incentivo à arte.
De um panorama social, pessoas negras ainda fazem parte da população de baixa renda. Isso sem contar a questão de moradia e deslocamento. Eu faço parte dessa parcela que trabalha e consegue sim ter o mínimo desse desfruto, mas claro que, com planejamento. Pois realmente não é algo que eu possa fazer sempre também. Muitas vezes tenho que escolher entre assistir a um filme, ou fazer outra coisa com esse “gasto” financeiro.
Nesse gancho, uma questão que deveria ser vista e aprimorada é exatamente a vinculação de leis públicas para o cinema. Já que sabemos que é um tipo de entretenimento rentável e importante. Uma maneira de mostrar a cultura e as histórias, sejam brasileiras ou não, através de lentes visuais. E isso muda a perspectiva e o imaginário das pessoas.
Por isso, é de extrema importância que mais pessoas de diferentes raças e etnias consigam acessar, não só esse local de arte e entretenimento, mas os outros lugares de lazer também.
• E aí, já pensaram sobre o assunto? Comentem abaixo!
Sim, concirdo e ja reparei tbm que sao poucos os pretos como eu q frequenta cinemas . E que maravilha no Anashoping oferecer curta e cursos gratuitos. A sociedade vulnerável e principalmente negra, precisa sim ter acesso a uma vida social.com lazer e entretenimento.